Dani Black marca a apresentação em Sorocaba com discurso sobre incentivo a arte
O cantor passou com a turnê “Dilúvio” pelo SESC Sorocaba com muita história, interação com a plateia e musicalidade.
O show começou pouco mais das 19h de quinta-feira (26), com teatro lotado, e a música Areia, primeira música do CD apresentando a turnê, Dilúvio. Só Sorriso, Dilúvio, Só Miragem, Linha Tênue, entre outras do disco foram apresentadas, como Maior, música cantada com ninguém menos que Milton Nascimento, além de outras antigas, que segundo o cantor, foram diluviadas. Eram três homens no palco: Dani Black no vocal e guitarra, Zé Godoy no piano e teclado e Sandro Moreno na bateria, que encantaram a plateia que se dividia com tanto talento.
O cantor é um dos principais nomes dessa geração da nova MPB. Compositor nato, além de um violonista e guitarrista como ninguém, Dani sabe o que faz, como em “Não Não Não”, que ele mistura cantar com o declamar. Escute aqui!
“Cresci envolto de música e foi uma sorte, porquê eu comecei a tocar muito cedo, a desenvolver muito cedo, tudo isso foi muito essencial para minha formação”, disse em entrevista ao Mural.
Dani é filho de Arnaldo Black e Tetê Espindola, também músicos. O artista já gravou com nomes como Maria Gadú, Elba Ramalho, Tiago Iorc e seus ex-colegas de palco, os integrantes do 5 a seco, que fundou em 2012. Muito trabalho, né? Pois é! O artista relembrou o trabalho do músico antes do show, citando as leis de incentivo e a ajuda da internet para tal.
“Sem as leis de incentivo, uma empresa como a Nextel jamais patrocinaria um projeto como esse”, explica Dani ao se referir a empresa que colabora para a propagação do seu trabalho.
“Não se trata só do meu trabalho, se trata da cultura brasileira. Quem dera investissem muito mais em cultura, o problema não está aí e ficar maquiando isso como se os artistas, mesmo os maiores, não trabalham. É uma ilusão! É só você passar um dia ao lado de um artista que você vai ver que ele trabalha”, discorre sobre a rotina do músico e seu trabalho.
O show aconteceu no SESC – Serviço Social do Comércio, que possibilita novos modelos de ação cultural e sublinhou, na década de 1980, a educação como pressuposto para a transformação social, ou seja, outro patrocinador de cultura e educação no Brasil. Black garantiu no show que pretende voltar pra Sorocaba em breve, mas garante ao público que isso só é possível se o seu trabalho chegar as massas.
“O interior é um bom termômetro pra isso, enquanto na capital as coisas acontecem mais rápido, ecoam muito mais, no interior, você tem um termômetro real de como está circulando e viralizando o seu trabalho através do jeito que você trabalha”, finaliza.
Quer saber os próximos shows do cantor? Clique aqui! E aqui para saber os próximos shows no SESC Sorocaba.